“Eles tinham brigado, era normal uma briguinha ou outra. Lucas é orgulhoso, Bárbara mais ainda. Ela chega em casa, vai para o quarto e sua mãe chega.
— Que foi Babi?
— Nada, mãe.
— Então me explica essa carinha.
— Não é nada, é só dor de cabeça.
— E essa dor tem nome?
— O quê acha? — Ela sorri.
— Vamos brincar então, começa com que letra o nome?
— Adivinha, mãe.
— Deixa eu pensar. Letra L?
— Uhum.
— E porque a dor?
— A gente brigou, mãe. Ele fica com as amiguinhas dele e não me liga, toda hora reclama que eu o deixo mas quem não me liga é ele.
— Babi, posso dizer uma coisa?
— Claro, né.
— Antes me responde.
— O quê?
— Vale a pena a dor?
— Vale, muito a pena.
— Então sorri, porque dor de cabeça resolve com remédio.
— E coração magoado? — O telefone toca.
— Babi?
— Oi Lucas.
— Me perdoa? Eu te amo, môzão. Desculpa ser idiota, você é teimosa e eu me irrito. Mas olha, eu não quero te perder nunca. Nunca, nunca, nunca. Entendeu?
Ela sorri. — Pera que minha mãe tá me chamando.
— Diz, Babi. — Sua mãe diz sorrindo.
— Só pra avisar que a dor passou.
— Viu, vale a pena bobona.
— Bobona do Luc.
— Vai falar com ele logo, menina. — Ela retorna á falar com ele.
— Oi amor.
— Me perdoa?
— Sim, môzinho. — Ela ri.
— Tá rindo de quê?
— Minha mãe disse que você valia á pena.
— Por isso que eu amo tua mãe.
— Por ela dizer que você vale á pena?
— Não, por ela ser a minha sogra.
Ela sorri. — Sua, sempre.”
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