quinta-feira, 12 de julho de 2012

“Eles tinham brigado, era normal uma briguinha ou outra. Lucas é orgulhoso, Bárbara mais ainda. Ela chega em casa, vai para o quarto e sua mãe chega. 
— Que foi Babi? 
— Nada, mãe.
— Então me explica essa carinha. 
— Não é nada, é só dor de cabeça. 
— E essa dor tem nome? 
— O quê acha? — Ela sorri. 
— Vamos brincar então, começa com que letra o nome? 
— Adivinha, mãe. 
— Deixa eu pensar. Letra L? 
— Uhum. 
— E porque a dor? 
— A gente brigou, mãe. Ele fica com as amiguinhas dele e não me liga, toda hora reclama que eu o deixo mas quem não me liga é ele. 
— Babi, posso dizer uma coisa? 
— Claro, né. 
— Antes me responde. 
— O quê? 
— Vale a pena a dor? 
— Vale, muito a pena. 
— Então sorri, porque dor de cabeça resolve com remédio. 
— E coração magoado? — O telefone toca. 
— Babi? 
— Oi Lucas.
— Me perdoa? Eu te amo, môzão. Desculpa ser idiota, você é teimosa e eu me irrito. Mas olha, eu não quero te perder nunca. Nunca, nunca, nunca. Entendeu?
Ela sorri. — Pera que minha mãe tá me chamando. 
— Diz, Babi. — Sua mãe diz sorrindo. 
— Só pra avisar que a dor passou. 
— Viu, vale a pena bobona. 
— Bobona do Luc. 
— Vai falar com ele logo, menina. — Ela retorna á falar com ele. 
— Oi amor. 
— Me perdoa? 
— Sim, môzinho. — Ela ri. 
— Tá rindo de quê? 
— Minha mãe disse que você valia á pena. 
— Por isso que eu amo tua mãe.
— Por ela dizer que você vale á pena?
— Não, por ela ser a minha sogra. 
Ela sorri. — Sua, sempre.”

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