“Ele a olhou ofegante.
- Casa comigo?
Ela mal sussurrou:
- Não.
- Por quê?
- Não sou uma boa garota. -ela bateu os pés, procurando não parecer tão boba pelo o que ia dizer. - Eu deixo roupa suja em cima da cama.
Ele sorriu aliviado e completou:
- Eu esqueço a toalha molhada no chão.
Ela não se aquietou.
- Eu canto música ruim em voz alta.
Ele não desistiu.
- Eu canto uma hora embaixo do chuveiro.
- Eu não sei cozinhar.
- Nós compramos miojo.
- Assisto tv de madrugada.
- Por isso vamos colocar a tv no quarto.
- Odeio compromissos.
- Eu levo o cachorro para passear e pego as crianças na escola.
- Nós vamos ter filhos?
- Eles terão seu sorriso e seus olhos.
Ela abaixou a cabeça, as mãos ainda suando de medo.
- Desculpa, não sou boa o bastante para você.
Ele deu dois passos e atravessou os braços sobre os seus ombros, encostou sua testa na dela e falou com a boca quase colada na sua:
- Eu te amo.
- Eu também. Possivelmente mais, se isso for possível.
- Então você aceita jogar a roupa suja em cima da minha cama?
Ela confirmou com a cabeça, ele pegou sua mão e pôs a aliança. Não precisavam de perfeição, se amavam. ”